Ontem (17), durante um jantar de confraternização para a imprensa local em seu escritório político, no Centro, o Democrata admitiu abertamente a hipótese. O que leva Guilherme a cogitar um apoio político a Bezerra Coelho é a provável candidatura do seu primo ao Senado.
“Essa questão tem de ser vista. A gente ter um candidato da terra ao Senado é uma coisa que pesa, não podemos descartar e dizer que não pesa. Ao mesmo tempo a gente também é partidário, e segue os rumos e os comandos do nosso partido (o DEM)”, ponderou.
A cautela de Guilherme reside justamente no fato de o DEM ser oposição ao governador Eduardo Campos (PSB) e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliados do primo socialista. Mas perguntado se vai falar mais alto a possibilidade de o sertão ter novamente um representante no Senado ou o lado partidário, Guilherme resumiu. “A gente vai botar na balança, um do lado do outro, e ver o que pesa mais forte. Temos tempo para isso”.
O reagrupamento político da família Coelho vem sendo ensaiado desde 2004, quando o deputado Geraldo Coelho decidiu apoiar a reeleição de Bezerra Coelho à prefeitura, em detrimento da candidatura de Oswaldo. Em troca, o sobrinho devolveu o apoio a Geraldo, ajudando-o a voltar à Assembléia Legislativa em 2006.
Há cerca de três meses, as principais lideranças políticas dos dois lados dos Coelho reuniram-se na residência de Oswaldo. Uma reunião, segundo o próprio Guilherme, como nos tempos da matriarca Josepha Coelho. Na ocasião, um jantar foi oferecido a um primo dele, de São Paulo, que o ajudou a aproximar-se de Geraldo Alckmin. Em meio a lembranças de família, aventou-se a possibilidade de unir novamente os dois lados do clã, rompidos politicamente desde 1986. Só resta, agora, colocar as discussões em prática.
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