Armas roubadas podem ter sido usadas em regaste de detento

A Polícia Civil de Alagoas está investigando se as armas utilizadas para resgatar um detento da maior unidade prisional de Maceió são as mesmas roubadas de batalhões do Sertão pernambucano. A investida no Presídio Baldomero Cavalcante ocorreu na última quinta-feira, um dia depois de três homens roubarem 58 armas da Polícia Militar de Pernambuco e sequestrarem um capitão. Para resgatar Givanildo Rosa de Souza, acusado de integrar a facção criminosa de São Paulo Primeiro Comando da Capital (PCC), bandidos utilizaram fuzis, submetralhadoras e pistolas, armas do mesmo tipo que as levadas dos batalhões e destacamentos de Salgueiro, Terra Nova, Serrita, Parnamirim e Verdejante. Givanildo foi recapturado no último sábado, em Garanhuns, no Agreste pernambucano. Outros quatro homens acabaram sendo detidos sob acusação de participar do resgate. A polícia encontrou uma submetralhadora em um carro abandonado. Segundo o diretor da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) de Alagoas, delegado Paulo Cerqueira, a arma será periciada hoje. “Amanhã (hoje) vamos checar o número de registro dela”, explicou Cerqueira, por telefone, à reportagem do JC. O delegado afirma que a polícia ainda está à procura de um fuzil que teria sido abandonado em uma mata. “Não há nenhuma comprovação de que as armas usadas são as mesmas de Pernambuco, mas essa hipótese não foi descartada.”