sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Monitoramento reduz uso de agrotóxicos nos pomares de manga e uva

Uma das vantagens do Programa de Produção Integrada (PI) nos pomares de manga e de uva em relação ao sistema de cultivo convencional está no modo de fazer o controle de pragas e doenças. Ao invés de aplicar defensivos com base em um calendário previamente definido, a PI prevê o monitoramento periódico dos pomares, e o uso de insumos só é recomendado se são registrados níveis de infestações capazes de causar danos econômicos aos cultivos.
Desta forma, a quantidade de pulverizações sofre drástica redução. Nos estudos feitos por pesquisadores da Embrapa Semiárido em propriedades cujos pomares são manejados de acordo com a Produção Integrada às vezes em que foi necessário a aplicação de insumos químicos para controle de insetos caíram de 16 pulverizações por ciclo para apenas quatro.
O engenheiro agrônomo José Eudes de Morais Oliveira, pesquisador da Embrapa Semiárido, afirma que este resultado atende uma das principais demandas nos sistemas agrícolas que precisam ser competitivos do Brasil e do exterior. Mercados importantes têm sido regulados por legislação cada vez mais restritiva a princípios ativos de agrotóxicos bem como aos níveis de resíduos químicos nos produtos agrícolas.
No Programa de Produção Integrada, particularmente no PI de Manga e Uvas Finas de Mesa, o emprego desses métodos tem resultado em declínio acentuado do uso de agrotóxicos. Em uma avaliação feita pelos coordenadores do programa na cultura da manga e da uva na Embrapa entre os anos de 2002 e 2004, a queda do volume de inseticidas foi de 39,2% para 70%, e 89% e 42%, respectivamente.
O Vale do Submédio São Francisco responde por mais de 95% da manga e uva exportada pelo Brasil. Em termos de valores isto representa 500 milhões de reais. As áreas cultivadas com essas frutas ocupam 23.000 ha e 14.000 ha, respectivamente.
Com informações da Ascom/Embrapa

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