Um estudante de Feira de Santana, na Bahia, foi parar na Delegacia de Petrolina, no Sertão pernambucano, depois de fugir com a prova na mão de uma sala onde o concurso para soldado da Polícia Militar de Pernambuco. As provas foram no último domingo (22).
Os alunos foram lembrados de não portar o celular, mas alguns candidatos insistiram e levaram o aparelho. O edital era claro quando dizia que a presença do celular no prédio era critério de eliminação do candidato.
O estudante Amauri Dias Amorim (foto), 25 anos, foi flagrado com o celular. Ele correu com a prova e foi perseguido pelos policiais que faziam a segurança do prédio. A ação durou cerca de dez minutos. O rapaz foi detido e levado de volta ao local de prova, de onde foi encaminhado para a Delegacia de Petrolina. Ele prestou depoimento e foi liberado.
“Levei a prova para a delegacia, para prestar a queixa, não sabia que estava cometendo um crime tão grande”, afirmou Amauri Amorim. A polícia abriu um inquérito para apurar a possibilidade de fraude. “Foi uma tentativa, mas a fraude não foi consumada, ele não teve contado com ninguém. Ele vai responder perante a lei”, disse o coordenador do concurso, Richard Alonso.
RECIFE
Em um dos locais com maior número de candidatos, foram mais de 400 divididos em três blocos. Em todo o estado, 103.015 pessoas fizeram a prova, atraídas pelo salário de R$ 1.200, como o garçom Pedro Vando. “Dá mais estabilidade, o mercado está melhor nos concursos públicos”, afirma.
Para conseguir estabilidade é preciso enfrentar uma concorrência de quase 50 pessoas para uma vaga. Os inscritos sabiam da dificuldade. “Estou sabendo, mas estudei, vou ver se consigo conquistar meu objetivo”, disse a consultora de vendas Aline Cabral.
O concurso foi organizado pelo Instituto de Apoio da Universidade de Pernambuco (IAUPE), por meio da Comissão de Concursos da Universidade de Pernambuco (Conupe). Para entrar nos locais de prova foi proibido estar com celular.
A correria foi grande, mas muita gente não conseguiu entrar nas salas - o percentual de faltosos ficou em 3,3%, de acordo com a comissão do concurso. Às 8h, os portões foram fechados.
O coordenador da Comissão Organizadora, Gledston Emereciano, disse que foram registradas poucas ocorrências durante a chegada de candidatos aos local de prova assim como a realização delas. “Tudo correu bem, tivemos poucos incidentes, quem insistiu para entrar nas salas com celulares foi eliminado”, afirmou.
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